segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Em visita ao Maranhão, Dilma reclama de ‘vale tudo’ e diz que País precisa que partidos pensem no Brasil e políticos abandonem projetos pessoais

PUBLICADO EM 10/08/2015 ÀS 19:01 POR  EM NOTÍCIAS
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No extremo Norte do Brasil, em meio a uma cerimônia de entrega de unidades habitacionais dos Residenciais Santo Antônio e Amendoeira em São Luís/MA e entregas simultâneas de unidades em Caxias/MA, em Campo Grande/MS e em Anastácio/MS do Programa Minha Casa, Minha Vida, a presidente Dilma Rousseff condenou o que classificou de vale tudo político e pediu que os partidos pensassem no Brasil. Sem citar os oposicionistas ou aliados rebeldes, Dilma pediu que abandonassem projetos pessoais, em nome do Brasil.
“Quero dizer para vocês que, neste momento, nós estamos, sem sombra de dúvidas, passando por um momento de dificuldades. Mas o Brasil é muito mais forte que esse momento de dificuldade. Nós estamos numa travessia. Nós não estamos parados, nós estamos fazendo uma travessia… É um período de dificuldades, é. Tem o período de dificuldades geralmente causa incertezas, apreensão nas pessoas. Por isso, é que eu quero falar uma coisa para vocês, não fiquem inseguros, nem apreensivos. Essa é uma situação temporária. Ela vai passar e vai passar rápido”, prometeu.
O recado político foi claro para as oposições.
“O Brasil precisa de uma coisa, o Brasil precisa muito, precisa, mais do que nunca, que as pessoas pensem primeiro nele Brasil, pensem no que serve à nação, à população brasileira e só depois pensem em seus partidos e em seus projetos pessoais. O Brasil precisa de estabilidade para fazer essa travessia. É como dentro de uma família. Quando há uma dificuldade, não adianta um ficar brigando com o outro porque não resolve a situação. É necessário que as medidas – que sejam urgentes – sejam tomadas. Ninguém que pensa no Brasil, ninguém que pensa no povo brasileiro deve aceitar a teoria, os processos que falam assim: Ah, eu não gosto do governo, então vou enfraquecer ele. Aí eu aposto no quanto pior, melhor. Quanto pior, melhor, melhor para quem? Melhor para quem, é essa a pergunta. É pior para a população, é pior para o povo. É pior para todos nós”, declarou.
Dilma também mandou um recado para a Câmara dos Deputados, de olho nas chamada pauta-bomba.
“Nós não concordamos com nenhuma medida aprovada que leve à instabilidade, tanto econômica quanto política do País. Nós não concordamos com medidas que levem o caos às finanças do governo federal, dos estados e dos municípios”.
“Vou aproveitar para fazer um apelo aos brasileiros. Vamos repudiar, sistematicamente, o vale tudo para atingir qualquer governo, seja o governo federal, seja o governo dos estados, seja o governo dos municípios. No vale tudo quem acaba sendo atingido pela torcida que eu já disse do quanto pior melhor é a população do País, do estado e do município”.
No mesmo discurso, onde disse que antes do seu governo as pessoas do lugar não podiam sequer passar na porta da Caixa Econômica e entrar porque ninguém daria crédito para elas, Dilma frisou que, mesmo durante essa travessia da economia, o governo não abandonará os programas sociais.
“Não abandonaremos o Minha Casa, Minha Vida, não abandonaremos o Mais Médicos. O Mais Médicos, que aqui trouxe grandes contribuições, porque em muitos municípios do Maranhão não tinha nenhum médico. Nós não vamos deixar de garantir que haja acesso das pessoas mais pobres ao Prouni, ao Fies, nós não vamos recuar do Bolsa Família, enfim, nós vamos manter os programas sociais. Mas nós também precisamos entender que é necessário um grande esforço do governo. Eu vou dizer para vocês, eu trabalho dia e noite incansavelmente para que essa travessia seja breve, a mais breve possível”.
“Tudo que nós estamos fazendo no governo federal tem um objetivo claro: dar condições para a gente entrar em um novo ciclo de crescimento, gerando mais empregos, garantindo mais renda, mais oportunidade no Pronatec, mais garantia para as famílias poderem trilhar o caminho do seu desenvolvimento, assegurar também financiamento e crédito para as empresas e para os pequenos e micro empreendedores”.